16 de dezembro de 2014

GAROTA EXEMPLAR, a.k.a. Quem viu, quem matou?


Direção: David Fincher
Ano: 2014

Após ter lido o livro de Gillian Flynn (que não é dos mais animados, passei por uns períodos de tédio antes de entrar de cabeça na história), a expectativa de assistir a Garota Exemplar ficava sempre me assombrando: por um lado, ver a adaptação de um livro bom (sim, malvadamente bom) e, por outro, a possibilidade de ver um livro que eu achei bem legal talvez não ser uma adaptação tão boa assim, estragando tudo.

Mas, boy, was I wrong! Todo esse medo de ver o filme e acabar me decepcionando ficou beeem pra trás diante de um roteiro tão, mas tão bem escrito que chega a doer (tento ao máximo não ser muito técnica, quem quer ler sobre isso?!). Um dos receios que eu tinha era sobre como os roteiristas colocariam na tela não apenas os dois pontos de vista (presente do marido e passado pelo diário da mulher) sem aquele ar hollywoodiano piegas de sempre, mas também como incluiriam todas as viradas na história.


O filme manteve um ritmo incrível, mesmo já sabendo o que iria acontecer o tempo todo, me peguei sofrendo uma ansiosidade crescente conforme a história acontecia. Diferente de muitas adaptações de livros muito bons (por exemplo, Água para Elefantes, A Menina que Roubava Livros), Garota Exemplar conseguiu, além de dar vida e preencher o imaginário do leitor, mostrar uma identidade própria.

Ben Afleck, de quem não sou lá muito fã, está em seu papel ideal: o marido cheio de defeitos, acusado de matar sua mulher, tentando provar que as coisas não eram como pareciam é a cara do ator, com seu jeitão de mocinho rebelde e mal compreendido. Rosamund Pike é uma linda que, desde Orgulho e Preconceito, passa a imagem – por que não abusar dos trocadilhos? – da Garota Ideal, de fato. Ela está linda, contida e maravilhosa como Amy Dunne.


Em meio a tanto repeteco americano, tantos filmes vazios – inclusive no que diz respeito a adaptações de livros – parece que o sensacionalismo às vezes sobrepõe as histórias, Garota Exemplar se mostra simples em sua execução, para combinar com uma história cheia de detalhes e, sem dúvida, impressionante. Vale dez, cem estrelas!

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