19 de maio de 2021

Meu Amor: Seis Histórias de Amor Verdadeiro a.k.a. História boa é a que toca o coração!


Quase 5 anos depois do último post deste blog, com tantas mudanças na minha vida pessoal e profissional - mudei de emprego, comecei um relacionamento com uma pessoa de outro país, me casei, tive uma filha, morei mais de um ano nos Emirados Árabes Unidos, voltei para o Brasil em meio à pandemia trabalhando em esquema de home office com uma bebê de menos de 2 anos full time. Dentre tantas mudanças, tantas passagens, hoje me peguei inspirada em voltar aqui e escrever sobre essa série que, assumo, não me bateu como um supra sumo em qualidade, direção, premissa ou qualquer outro tópico que possamos pensar.


Meu Amor apareceu para mim naquela sugestão de lançamento que todos conhecemos muito bem na Netflix: e a oferta surtiu seu efeito - justo eu, a viciada em documentários sobre serial killers (os últimos foram Nightstalker, Sons of Sam, I am a killer), nem pestanejei e disse "sim" para a proposta de 6 histórias de amor que duram muitos anos, perpassam dificuldades, superam momentos tristes e oferecem conforto e apoio.

É claro que o momento em que estou na minha vida me levou a uma conexão com as histórias que provavelmente eu não sentiria se não fosse pelo fato de estar atualmente morando longe do meu marido, almejando o momento em que estaremos morando oficialmente no mesmo lugar, sem restrições de pandemia - também idealizando um futuro que faz parte do desejo dos casados (e de solteiros também, porque não): ter alguém para dividir a vida, aquela pessoa que te faz sentir amado, seu porto seguro.


Como não procurei saber sobre a série antes de começar a assisti-la, o primeiro episódio se apresentou bem singelo, eu não sabia muito bem até onde ele iria, qual era o propósito da série, será que ela teria algum evento que mudaria a narrativa. Acho que essa expectativa faz parte do nosso hábito de sempre esperar uma reviravolta nos filmes e nas séries que acompanhamos. A "mesmice" por muitas vezes incomoda. Neste caso específico, acho que a calmaria serviu para acalentar meu coração: na verdade, os momentos de "tensão" me incomodaram muito, justamente pela premissa da  história - já que esperamos sempre o pior.

Ao todo a série possui 6 episódios: Estados Unidos, Espanha, Japão, Coreia do Sul, Brasil e Índia. Ontem terminei de assistir ao episódio do Brasil. E, não quero puxar sardinha pro nosso lado, não... mas QUE EPISÓDIO! O episódio do Japão também me impactou demais, acho que seria O EPISÓDIO que eu recomendaria deixar para o final - a famosa "cereja do bolo" (porém, ainda não assisti ao episódio da Índia. Quem sabe ele me faz mudar de ideia).


Me peguei com lágrimas nos olhos muitas vezes, chorei em algumas cenas. Essa série conseguiu me emocionar de verdade, com seu jeitinho sorrateiro de cativar e me fazer pensar na minha velhice, na história de vida que deixarei para trás um dia. É impossível não pensar sobre sua própria jornada vendo essa série, mesmo que você não tenha um amor - premissa dos episódios - porque a verdade bem clichê é que todos temos uma história única, e envelhecer para contá-la é um privilégio.

4 de setembro de 2016

O frisson de Stranger Things


Há umas semanas foi lançada no Netflix (a.k.a. melhor invenção da humanidade) a série de 8 episódios Stranger Things. Como eu sou sempre a mais atrasada do planeta e nunca estou em dia com o que tá bombando, vi vários memes cheios de piadas internas – e, obviamente, não entendi nada. Pra quê eu to falando isso? Só pra deixar registrado que durante um tempinho eu soube que a série existia, mas ela acabou se tornando mais uma coisa na minha lista interminável do que assistir.

Aí começaram a surgir as matérias falando que ST era a melhor série do ano, da década, da vida; que a série tinha relançado a carreira da Winona Ryder – é, eu sei quem é WR e lembro muito bem da história do roubo das roupas –; que as referências a filmes dos anos 1980 eram excelentes… e por aí vai.


Lá fui eu assistir à série, é claro. Fiz uma maratona razoavelmente tranquila (8 episódios são tranquilos, nénon?) e, no final do ultimo episódio, fiquei com aquela sensação de ~ meu Deus, como eu vivi sem ter visto isso antes? ~ E, bem quando eu estava no meu hype de sensações, me sentindo parte da boiada (ou seja, finalmente eu entendia o porquê de tanto amor por uma série *desculpa, Game of Thrones!*) um pessoal começou com a contrapartida, dizendo que a série não era tão grandes coisas assim.

Me explicarei agora: achei, sim, a série fantástica. Não é a melhor série da vida porque, me desculpem (e como gosto é muito pessoal, falo mesmo), vai ser difícil barrar A Sete Palmos, cujo ultimo episódio me faz chorar copiosamente TODA VEZ QUE EU VEJO. Mas, pessoal, vamos parar de esperar sempre a melhor série do mundo, deixa ela ser boa do seu jeitinho especial, como acabou sendo pra mim.

Eleven S2

Talvez porque eu ame muito filmes da década de 1980 eu tenha gostado mais da temporalidade da série do que outras pessoas. Talvez seja essa vibe Stand by Me, com as crianças como personagens principais, ou o monstro com um quê de Labirinto do Fauno, ou a própria Winona Ryder, que tava com a carreira chafurdada há tempos e agora está chamando a atenção novamente. Talvez seja o mistério que leva a outro mistério, que leva a outro mistério que tenha me deixado tão ligada, sofrendo porque acabou muito rápido e não tem segunda temporada (ainda, menos mal!) pra continuar assistindo.


Sinceramente, eu entendo o frisson, sim. Sou parte dele. Não acho que é a melhor série do ano – até porque, quem julga isso, afinal? – mas acho que ST inovou e cativou, mostrando que cada vez mais as series de TV aberta acabam perdendo espaço pra empresas que têm mais coragem de ousar na escolha do seu produto. Vide Sense8 né, meu povo?

14 de janeiro de 2016

ENQUANTO SOMOS JOVENS, a.k.a. Medo de envelhecer e generation gaps


Ano: 2015
Direção: Noah Baumbach

Após um trailer que me cativou (hehe, "cativou"), demorei um tempo até resolver, de fato, assistir ao filme. Na minha cabeça, ficava justificando que era por causa do Ben Stiller (a verdade é que eu não curto ele nem um pouco), mas, assim como o que aconteceu com Jim Carrey e Will Ferrell, eu sabia que eu iria mudar um pouco a minha opinião - para melhor - quando o visse fora dessas comédias idiotas, fazendo um filme mais "sério".


Na história, o ator interpreta Josh, um documentarista quarentão que está empacado há dez anos na finalização de seu documentário. Ele e sua mulher (Naomi "deusa" Watts) não têm filhos, e começam a se sentir minoria (e, porque não?, sem assunto) perto de outros casais da idade deles.

Em uma palestra sobre documentário, Josh conhece o casal Jamie (Adam Driver) e Darby (Amanda Seyfried), ambos em seus vinte e poucos anos, cheios de interesses, estilosos e super interessados (principalmente Jamie) na carreira de Josh. Quem não adoraria sair com eles e se sentir importante e mais novo?


O filme parece se dividir em duas partes (o que não acontece no trailer): a busca por se sentir vivo, não se importando tanto com as convenções etárias se você não se sente com vontade de "obedecê-las", e as consequências (não de uma forma tão ríspida como essa palavra soa) da mistura de gerações, onde cada possui seus valores e suas prioridades, se é possível compreender a forma de pensar de uma geração diferente da sua, e como as pessoas, de um modo geral, interagem.

Como já falei acima, tenho implicância com o Ben Stiller, não consigo entender onde está a graça dessas comédias cheias de carões e bizarrices, enfim... mas ele está muito bem no filme. A que mais me surpreendeu foi a Amanda Seyfried, que sempre faz a boazinha enjoada, e aqui é uma hipster maluca-beleza que te traz sentimentos confusos de gostar e desgostar, assim como Adam Driver. Nem preciso falar da Naomi Watts, por favor (ma-ra-vi-lho-sa).


Eu AMO essas comédias vida-normal novaiorquinas, com uma problemática pé no chão, mesmo que seja carregada de uma moral forte, como no caso de Enquanto Somos Jovens. Não é que eu não tenha gostado do final, mas acho que, de repente, não precisava. Mas eu juro, é minha única reclamação sobre o filme. 

6 de junho de 2015

CHEF, a.k.a. Um filme para ser visto de barriga cheia

 

Ano: 2014
Direção: Jon Favreau

Sinopse retirada do filmowDepois de perder seu emprego como chef em um famoso restaurante de Los Angeles, Carl (Jon Favreau), para a surpresa de todos, compra um trailer e passa a fazer e vender comida pelas ruas. Cozinhando e conhecendo pessoas, ele redescobre o amor, o entusiasmo pela vida e como a gastronomia pode ser apaixonante.

Jon Favreau gosta de lançar uns filmes independentes de vez em quando (vide Cowboys & Aliens - HA!), e eu acho isso ótimo. Nada contra os Homens de Ferro da vida (apesar do fiasco que foi o terceiro***** Acabei de tomar esporro do boy porque ele não dirigiu o terceiro, foi mal aê, produção!), mas um filme sobre gente como a gente – tá bom, vai, gente um pouquinho só melhor que a gente – sempre é mais legal.


Vou confessar: foi doloroso ver esse filme cheio de comida gostosa e me contentar com o de sempre aqui de casa. Nem lembro se já tinha comido antes de o filme começar – mas, antes que ele terminasse, eu já tava dando pirueta de fome.

Chef é um filme lindo que fala sobre segundas chances, sobre o quanto nunca é tarde para mudarmos as coisas que não nos agradam na vida, recuperar aquela relação com filho, papagaio ou periquito, ou fazermos o que mais amamos.

A vida tá sempre ai pra encher a gente de responsabilidade – e, com isso, medo de ousar, de sairmos da nossa zona de conforto. Mas, ver o Carl (Jon Favreau) jogando tudo pro alto depois de uma sequência fantástica de erros e acertos no mundo da tecnologia, caindo na estrada com seu melhor amigo e seu filho num food truck (virou meu sonho fazer isso também!) foi um processo tão lindo!


Resumindo: Se você já viu todos os filmes de ação do Favreau, ta afim de uma história bem leve (mas ainda com alguns dos atores de Homem de Ferro de quebra), que arranque umas risadas (e, quem sabe, umas lágrimas também) e que, acima de tudo, seja um maravilhoso food porn, Chef é o que tem no menu para hoje – trocadilho podre, eu sei!

31 de maio de 2015

É ruim mas é boa: FINDING CARTER


Como qualquer compulsivo(a) incansável, adoro fazer listas de séries a assistir, mesmo tendo um trilhão já começadas e perdidas no limbo do “não sei quando vou acabar de te ver”. Ano passado fiz uma pesquisa básica pela internet e listei séries que tinham nomes / pôsteres / enredos interessantes, escolhi uma delas e me joguei!

A escolhida foi a série teen (já disse, tenho complexo de Peter Pan) Finding Carter. Carter é uma adolescente com uma mãe liberal – então nem podemos chamá-la de rebelde, né? – que, quando é presa pela polícia junto com alguns amigos por ter invadido um parque de diversões, descobre que sua vida toda foi uma mentira: ela foi sequestrada aos 3 anos de idade e, agora, aos 16 anos, será devolvida à sua família.


A primeira temporada é bem básica meeeeeeeesmo, ela (agora sim!) se rebela contra sua nova família / identidade / mãe – principalmente – e a história gira praticamente em ela se adaptar à sua nova condição – já que, agora, todos tratam sua “mãe” como a sequestradora – e a vontade ou não de voltar à sua antiga vida.

Alguns atores mandam muito mal, mas eles estão ganhando muito mais doletas que eu no momento, então vou deixar quieto. Cada vez mais ela descobre segredos envolvendo sua família nova (ou seria antiga?), sejam eles a envolvendo ou não: seu pai escreveu um livro sobre seu sequestro e agora escreve um livro sobre seu aparecimento sem que ninguém saiba; sua mãe há um tempo tem um caso com seu parceiro (esqueci de dizer que a mãe dela é policial – pra deixar bem mais fácil o nosso entendimento de quem é bom e quem é mau nessa história aí, por que não?); sua irmã gêmea não só não tem nada a ver com ela fisicamente, como também é seu oposto em personalidade... por aí vai....

Não vou dizer que a série é ruim – até porque to lá, vendo toda semana! – mas eu reconheço que não é uma série profunda ou com picos de representação ou histórias. Vale a pena assistir? Sim, se você souber que, depois dos 40 e tantos minutos de episódio você conseguirá SIM seguir sua vida sem a menor vontade de olhar para trás.




Vou confessar uma coisa: às vezes me irrito com a Carter (e com outros personagens, também). Ela faz muita pirracinha e gosta de ser rebelde sem causa (mas com causa, vamos combinar, people!). Quando eu vejo que to me irritando muito – nunca gosto do protagonista, mesmo, mas tem horas que o nível de ódio transborda – eu respiro fundo e penso que Finding Carter é uma série para ADOLESCENTES! Vamos ter paciência com esses serezinhos tão conflitados, né?

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