5 de outubro de 2014

Livro: CIDADES DE PAPEL - John Green, a.k.a. Quero ser grande, mas não tanto!


Na hora de escolher o primeiro livro escrito por John Green para ler, logo descartei A Culpa é das Estrelas. Desculpa, também não vi o filme (embora isso eu até queira remediar), mas sei mais ou menos sobre o que a história trata. Ando evitando o dramalhão e a choradeira desnecessários.

Comecei a ler Cidades de Papel muito, muito animada... aí desanimei. Não é que o livro seja ruim – realmente não é, é só que eu esperei uma coisa conforme fui lendo as primeiras páginas, e minha expectativa não se concretizou. O foco mudou de repente e a verdade é que eu demorei um pouco pra me relocalizar no livro – não como personagem (I’m not thaaaat crazy), mas como uma leitora que se sente familiarizada e confortável com o que está lendo.

A história fala basicamente sobre um garoto, Quentin (ou Q), que está a ponto de se formar no Ensino Médio, seus amigos nerds e sua fixação por uma menina, Margo Roth Spiegelman – que, quando eles eram crianças, era sua amiga... agora ela era popular e ele, um nerd excluído. Depois de anos sem se aproximar de Q, Margo aparece na sua janela uma noite e o chama para uma aventura – quebrando zilhões de regras, tendo como foco se vingar das pessoas que fizeram mal a Margo. Depois dessa noite épica, Margo desaparece e Q veste a camisa “missão resgate à Margo”, criando diversas hipóteses e ilusões na sua cabeça em relação à garota.


Mas, sério, chegou uma hora que virou questão de honra levar a leitura para frente – já larguei muitos livros, não me orgulho nem um pouco disso – e não me arrependi. O que começa como mais um livro adolescente escrito pelo John Green, de repente se torna uma oportunidade de auto-reflexão em relação aos nossos valores, o que realmente importa na nossa vida? E, o mais importante de tudo, como estamos aproveitando a viagem que é buscar nossos objetivos – o caminho e as pessoas que nos acompanham?

Além de muitas, muitaaaaas citações de monstros da literatura americana (por favor, vejam os crash courses de literatura de John Green), o livro faz com que muita cultura pop que já ficou consagrada na história da cultura americana apareça. Tudo bem que tem umas partes bem clichês, também... mas acho que, para o público-alvo em questão, algumas referências e a forma com que elas são feitas podem acabar por aumentar um pouco o conhecimento literário da galera.


Engraçado pensar que Cidades de Papel criou tantas opiniões diversas: muitas pessoas me falaram ser o pior livro do autor, outras me falaram que era o melhor. Não tenho como opinar sobre isso, já que não tenho outro como referência. Mas gostei bastante do final, achei muito real, possível, bonito. Afinal, nunca realmente se conhece uma pessoas e, às vezes, a gente gosta da imagem que criamos dela, não dela de verdade.

E só um PS: li que também vai virar filme, mas ainda não liberaram o elenco completo. Será?

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