29 de setembro de 2014

TERAPIA DO SEXO, a.k.a. Um viva para o carro das mulheres no metrô!


Direção: Stuart Blumberg
Ano: 2012

Depois da barra pesada que foi Shame retratando a vida de um viciado em sexo (o mara Michael Fassbender), eis aqui um filme que trata do assunto de forma mais... leve. Não vamos confundir: não é porque o assunto está sendo visto de forma mais descontraída que ele não é levado a sério.

Em Terapia do Sexo temos três personagens que são viciados em sexo e que participam do mesmo grupo – inclusive, um é padrinho do outro – Mike é padrinho do Adam, que é padrinho do Neil (ficou melhor assim?!). Cada um tem seus próprios problemas pessoais e o filme nos mostra como eles aprendem a lidar com esses problemas.


Mike é um cara mais velho, além de viciado em sexo é também alcoólatra (inclusive, em uma das cenas, ele diz que se manter longe do álcool é muito mais fácil do que controlar a sua compulsão sexual), e tem um filho viciado em drogas que, no começo do filme, descobrimos que já fez muita merda e saiu de casa (ovelha negra total). Em determinado momento, tal filho reaparece – aparentemente livre das drogas e sem participar de nenhuma terapia para tanto – e Mike fica sempre com um pé atrás em relação a perdoar o filho e acreditar na regeneração do mesmo.

Adam (um Mark Ruffalo macérrimo e com cara de doente, até) está em total celibato há 5 anos. Ele, inclusive, possui algumas regrinhas que passa para seu sponsee sobre como evitar recaídas (uma delas: evitar o metrô – faz sentido). Ele vai a uma festa e conhece Phoebe, e daí começa a surtar sobre como iniciar um relacionamento depois de tanto tempo, já que ele nunca tentou controlar seu vício ao mesmo tempo em que está com alguém.


E Neil, meu favorito, é um cara que sempre sonhou em ser médico e que vai parar no grupo por causa de uma ordem judicial – no começo, ele mente sobre seu tempo de sobriedade mas, por fim, admite que agora quer realmente se curar da sua doença – já que foi demitido do hospital onde trabalhava por estar filmando a calcinha da sua chefe. Ele é, de longe, o melhor dos três personagens, o mais inspirador, o mais divertido e despretensioso.


Não é nenhum filme inesquecível, mas serve para aqueles que viram Shame e acharam bem barra pesada. E serve, também, para mudar um pouco o foco: que tal pensarmos no vício em sexo como algo a ser controlado, mas que permite à pessoa que sofre dessa doença ter uma vida normal?

Nem curto muito a Gwyneth Paltrow, mas tem a Pink no elenco, então balanceou! ;)

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