4 de agosto de 2011

A BELA DA TARDE, a.k.a. Me joga na parede, me chama de lagartixa!


Direção: Luis Buñuel
Ano: 1967

Esta é a história de Séverine (Catherine Deneuve), jovem, rica, casada com um cirurgião de sucesso e infeliz, que procura um discreto bordel para realizar suas fantasias sexuais e conseguir o prazer que seu marido não consegue lhe dar. Curiosa, Séverine termina acostumando-se a uma vida dupla. Até o aparecimento de Marcel, um delinquente que se enamora da mulher, e complica a cômoda situação da protagonista.


Séverine é uma mulher calada e pensativa, mas esconde dentro de si desejos profundos. Ela é casada com Pierre, um médico apaixonado por ela, que a trata como uma rainha. Mas ela não consegue ser tocada pelo marido – sempre o rejeita para depois se afundar em fantasias em que ele a trata como uma prostituta, joga lama nela e a deixa ser estuprada pelos empregados.

O que pude entender (já que sei que esse é o tipo de filme que temos que ver mais de uma vez para chegar QUASE a um total entendimento), o maior problema de Séverine é ter um marido muito bondoso com ela, quando o que a excita é se submeter aos outros.


Quando a personagem descobre que ainda existem prostíbulos na França não exita em visitar um deles. E, ao ver uma válvula de escape para todas as suas frustrações, se oferece para trabalhar lá, mas somente às tardes – quando seu marido está no trabalho.

E, ao entrar nesse novo mundo, Séverine e Buñuel nos mostram diversas formas de fantasias sexuais reprimidas, abordam o sadomasoquismo, a encarnação de papéis, prostitutas tendo que ser boas atrizes – ou seja, todo um universo de fantasias sexuais, onde tudo vale a pena.





Uma sequência a se comentar é a da casa do Duque. Catherine Deneuve lindíssima, nua, com apenas um longo véu negro, caminhando pela casa do Duque para descobrir que seu papel ali era o de ser a filha morta deste – por quem ele nutre uma imenso desejo sexual (sim, no momento preciso em que a filha está MORTA).

Ao aceitar Marcel como seu amante, temos a prova definitiva de que nada daquilo é por causa do dinheiro – Séverine não só aceita vê-lo todas as tardes de graça, como também o oferece dinheiro, caso precise. É uma relação baseada na satisfação física (já que ela ama o marido). Mas Séverine vai aprender da forma mais difícil que suas escolhas podem influenciar todos à sua volta!


Catherine Deneuve é a estrela definitiva do filme, e as cenas em que ela fica nua são belíssimas e muito prafrentex pra época – Buñuel tem dessas né!

3 comentários:

  1. O filme de primeira parece bobo, mas é bem mais interessante que possamos imaginar!
    É bem complexo e não se resume apenas em fantasias sexuais, os pensamentos de Severine são contraditórios e não se resume apenas em realizar fantasias sexuais. Posso tá falando uma bobagem, mas me lembrou e muito a Bruna Surfistinha,será que ela assistiu a esse filme?!

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  2. Sou eu!!!
    Jones, muito complicado comentar aki!

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  3. Ai, Jones... acabou de esculachar o filme comparando com Bruna Surfistinha! hahahahahah

    Beijos!!!!!!!!

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