9 de março de 2015

Todos os novaiorquinos são loucos, mesmo?


Fazendo uma mini-maratona de Girls depois de algumas semanas ignorando os episódios que se acumulavam na minha lista de a assistir, percebi que tanto os personagens já conhecidos por quem acompanha a série (talvez numa relação de amor e ódio como eu) quanto os recém apresentados nessa temporada (afinal, a terceira temporada provou que do jeito que tava, não dava mais) são uns loucos de pedra.

Desde os primórdios dos filmes de Woody Allen, vemos que os moradores de Nova York são seres especiais. Com suas próprias surtações, eles precisam lidar, também, com a vida corrida e a competição feroz por um lugar ao sol na terra de oportunidades (mas nem tanto).


Mas a quantidade cada vez maior de filmes “indies” que acompanham as agruras de personagens gente-como-a-gente, que só querem tentar se entender e entender uns aos outros e, quem sabe, ficar juntos – vide os novos Two Night Stand (2014), Namoro ou Liberdade? (2014), ou Terapia do Sexo (2013), por exemplo - me fez considerar se essa não seria uma característica da cidade.

Não estou dizendo que todos os filmes sobre pessoas cheias de excentricidades – leia maluquices – se concentram em Nova York. Mas parece que a cidade e seus moradores possuem essa ligação: ou você é meio louco porque cresceu em Nova York, ou você vai ficando meio louco e cheio de manias porque a cidade acaba aflorando isso em você – não que isso seja um exemplo muito palpável, mas podemos considerar My Life as Liz, quando ela se muda de sua cidadezinha para estudar em NY, e ela percebe como as pessoas lá são mais doidas varridas do que o normal.

Two Night Stand (2014)

No caso de Girls, essa vontade de dar uma personalidade própria e cheia de falhas – e que se relacione diretamente com o lugar onde as personagens vivem – acabou dando um passo a mais e mostrando todos na série como pessoas, no fundo, egoístas – já que suas excentricidades devem sempre ser mais respeitadas do que as dos outros. Mas, pensando mais no assunto, será que, então, não somos todos potenciais moradores de New York?

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