31 de julho de 2014

ON THE ROAD, a.k.a. Como (não) querer ler um livro mundialmente conhecido


Direção: Walter Salles
Ano: 2012

Com uma breve intro de Sal Paradise viajando sozinho, sua história, ou melhor, a história que desencadeou os fatos narrados no filme, o que vemos é, basicamente, a busca de Sal por histórias, a fim de escrever um livro.

O que o filme realmente passou para mim, mera espectadora ignorante acerca do conteúdo do livro, não foi uma história cheia de auto-descobrimento, mudanças de parâmetros ou, até mesmo, uma evolução do personagem principal - posso ter entendido tudo errado ou criado expectativas sem fundamento, vai saber... -, e sim um bando de gente desgarrada de responsabilidades, zanzando de um lado para o outro, apenas livin' la vida loca.


On the Road é um filme muito longo, onde os personagens também parecem andar de um lado para o outro, sem encontrar o que parecer buscar.

Sam Riley (sim, falo porque sou fanzoca, mesmo) está sempre maravilhoso. Imagino que Sal Paradise tenha, realmente, um quê de Nick Carraway (personagem narrador de O Grande Gatsby) - ou seja, ele também é um arroz, só acompanha as ações de personagens aparentemente mais interessantes e com mais fome de viver do que ele.


A diferença, aqui, é que o pobre coitado do Sal é sempre abandonado pelos amiguinhos, que surgem depois, do nada, como se nada tivesse acontecido.

Desculpa aê, não sei o motivo, mas não vi nenhuma maravilha nesta história tão famosa do Beat Generation (pode não ter sido uma adaptação boa ou a história não é isso tudo, mesmo. #mejulguem); pode ser preconceito contra a Kristen Stewart (arghhh), ou o fato de o filme ser muito, muuuuuuuuito longo.


As passagens de tempo são confusas, Kristenzinha NÃO é boa atriz e vários atores que são, de fato, muito bons (Amy Adams, Elisabeth Moss, Kirsten Dunst, Viggo Mortensen e Steve Buscemi) não aparecerem tempo suficiente para tornarem o filme melhor.

Mas, vamos lá, não é um filme de todo ruim, apenas não é o que eu esperava - e isso me desanimou bastante de ler o livro. Uma coisa boa (para não falarem que só gonguei o filme) é o final - como em Howl (2010), leituras de passagens que fazem parte do livro são sempre muito bem-vindas.

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