18 de maio de 2014

LADY CHATTERLEY, a.k.a. O filme para nunca ver com sua família!


Direção: Pascale Ferran
Ano: 2006

A versão francesa adaptada da super famosa obra de D. H. Lawrence conseguiu ser bem fiel ao livro - todos sabemos que não dá para colocar tudo dentro de um filme de aproximadamente 2 horas - a essência tá bem lá!

Acho que de forma proposital o filme explora muito seus cenários ao ar livre, com muito verde, o que pode parecer bastante com um pornô dos anos 1970. Principalmente se considerarmos a enorme quantidade e, por que não?, qualidade das cenas de sexo!


Connie Chatterley precisa tomar conta de seu marido Clifford, que volta da guerra aleijado e, dentre outras limitações (óbvias), não consegue (e nem parece se interessar muito por) satisfazê-la sexualmente.

O filme deixa de fora um breve caso que Connie tem com um dos amigos de seu marido, e eu imagino que seja para evitar que o espectador a veja como uma vagabunda - no livro, aprendemos muito mais sobre o psicológico da protagonista do que seria possível vermos no filme e, para quem leu O Amante de Lady Chatterley, sabemos que o caso dela faz parte de sua busca por si mesma, tentando fugir do inferno que virou sua vida com seu marido.


Depois que ela "surta"por causa de suas responsabilidades de enfermeira, é contratada uma ajudante para aliviar o peso que é cuidar de Clifford e, com isso, Connie ganha mais tempo para si, para andar pela propriedade e, assim, acabar se envolvendo com Mellors, o "capataz" da propriedade.

Imagino (mais uma vez trazendo o assunto, oh my God!) que muitos filmes pornôs puderam ser facilmente escritos graças a esta história, mas vamos combinar, ela foi escrita na década de 1920 e seu objetivo era justamente alfinetar a vida de aparências e infelicidade da classe alta inglesa.


Clifford é um personagem muito chato, quase apático. E, no filme, fica bem fácil entender o porquê de ele levar essa chifrada épica. Fora que Mellors, mesmo sendo interpretado por um ator bem feinho, é um fofo com Connie, quase um herói de romances de jornaleiro.

Mesmo com as 50 milhões de cenas de sexo, o romance entre Connie e Mellors, o ódio que chegamos a sentir da grande dependência que Clifford tem pela mulher, não podemos esquecer que a principal personagem da história é mais do que isso, ela é uma pessoa que busca sua própria felicidade.

Marina Hands a interpreta com maestria, se mantendo contida nas palavras, mas tornando nosso entendimento sobre as mudanças que ocorrem com Connie super fáceis de captar.


Eu sou suspeita demais para falar, mas, para mim, O Amante de Lady Chatterley e o filme Lady Chatterley são lindos! Amo!

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