Direção: Cameron Crowe
Ano: 1992
Cameron Crowe é um diretor com uma capacidade incrível de criar as trilhas sonoras mais impressionantes (vide Quase Famosos). Aqui não é diferente. E a trilha sonora, assim como o pano de fundo do filme é o Grunge no seu nascimento. Seattle, shows de bandas iniciantes que tocavam em nightclubs undergrounds, e vários jovens cheios de dúvidas amorosas. Taí um resumão do filme.
Janet, uma jovem de 23 anos, já se julga velha para realizar determinados sonhos, e se diz apaixonada pelo seu namorado músico – incluído no movimento grunge que está surgindo no local. Com o passar da história vemos que ele está, na verdade, cagando pra ela. E só começa a valorizá-la (que novidade) quando ela desiste dele. Em uma conversa com Steve, seu amigo, Janet diz que suas expectativas em relação aos homens diminuiu muito, tanto que agora a única coisa que ela espera é que, quando ela espirrar, sua “alma gêmea” responda – Saúde.
E esse mesmo Steve conhece Linda, eles começam a sair, vemos o lado de cada um deles, suas dúvidas, seus joguinhos, “ligo ou não ligo”, até que ela fica grávida. Eles resolvem ter o bebê, casar e sofrem um acidente. Ela perde o bebê. As inseguranças e dúvidas se transformam e eles terminam.
As escolhas nunca serão plenas e, às vezes, o que dizemos ao outro não é o que sentimos. E, frequentemente, depois que as palavras saem da nossa boca fica aquele vazio.
A linguagem de Vida de Solteiro é típica de vários outros filmes feitos nos anos 90, como Barrados no Shopping, Caindo na Real... e, sendo sincera, a gente fala tanto da moda dos anos 80 – apesar desta agora estar super em voga – mas a moda dos anos 90 também é bem assustadora, com seus cabelos cheios de resquícios do punk, as ombreiras e aqueles vestidos floridinhos que vão até o pé, e que algumas pessoas usavam ainda com um chapeuzinho de palha combinando. Cruzes!
Piegas foi só o final. Janet volta com Cliff (seu namorado músico) porque ele, previsivelmente, diz “saúde” quando ela espirra. E Linda derruba um prato e se lembra da vez em que um prato quebrou enquanto ela estava em um encontro com Steve, e vai atrás dele. Só faltou uma musiquinha pop e alguém correndo em direção ao amado pra virar Simplesmente Amor (que eu amo, mas que é piegas, piegas, piegas).
Tudo bem... O filme é muito bom, mas quando se trata de Cameron Crowe, Quase Famosos ainda é o favorito!!
Alice in Chains, muito amor!
Bom texto de um filme quase esquecido de um dos meus diretores favoritos...Do Crowe, realmente, o mais fraco é o Tudo acontece...
ResponderExcluirQuase famosos deveria ter sido mais valorizado no Oscar e nas bilheterias, fazer o que, né? é uma pequena obra-prima!
Abraço