3 de julho de 2010

CONTROL, a.k.a. Saindo desse mundo com estilo!


Direção: Anton Corbijn
Ano: 2007

Protelei muito para ver este filme. O cartaz me chamou muita atenção, mas, como não conhecia NADA de Joy Division, de Ian Curtis e nem de New Order, sempre empurrava para o fim da pilha de filmes que queria ver.

Ontem, resolvi pegar o primeiro filme que aparecesse na minha frente para assistir e, sabe como é quando a gente quer e não quer ver aquele filme: fica bem uns 20 minutos, que poderia estar sendo usado pra – de fato – assistir alguma coisa, só pra decidir se vê aquele ou esse daqui... enfim, no final das contas resolvi ir com Control mesmo e só posso dizer uma coisa: devia ter assistido na primeira vez que me bateu a tal curiosidade.


Filmes biográficos têm sempre o seu quê de interessante. Se é alguém que você já curte, você assiste para – primeiro – conferir a veracidade dos fatos para depois, com isso, “pintar o tal retrato dos fatos na sua cabeça”. E se você não conhece a pessoa de quem o filme tá falando, bem, você passa a conhecer.

O ano era 1979. Foi em uma estação de metrô londrina que os membros da banda e o fotógrafo Anton Corbijn (então com 24 anos) apertaram as mãos, depois de uma sessão de fotos de dez minutos que se tornou um dos ensaios mais famosos do rock ’n’ roll. (trecho retirado do site de notícias da Globo.com)


O filme é todo em preto em branco. Ainda no começo do filme uma personagem pergunta a Ian Curtis como era Macclesfield, sua cidade, e ele lhe responde “cinza”. Será que por isso também que a fotografia escolhida por Anton Corbijn nos passa algo mais do que planos bonitos, nos passa um certo afastamento? – podendo chegar até a um certo tipo de depressão.

E essa concepção de afastamento e, principalmente, de depressão são a imagem do Ian Curtis. A atuação de Sam Riley está ótima, ainda mais por ser uma “cara” que eu nunca havia visto antes – já que também nunca tinha visto a “cara” do verdadeiro Ian Curtis. Sobre os outros integrantes da banda, bem... foi um outro tipo de associação – pois eu continuamente os via como aqueles que, mais tarde, fariam parte do New Order – banda que na minha cabeça era o oposto do que eu estava vendo ali no Joy Division.


A mulher de Ian, Debbie, é tão importante no filme quanto ele. Ela é a responsável, ouso dizer, por todas as cenas emotivas em que o protagonista faz parte. Até mesmo as crises epiléticas que tanto o preocupam ao longo do filme parecem importar menos do que o fato da esposa querer se divorciar dele, porque ele tem uma amante. Depois, descobri que a verdadeira Debbie participou do projeto do filme desde seu início, além de ter escrito um livro sobre os anos que passou ao lado de Ian – este que foi a base para a história do filme.

O Ian Curtis que vemos em Control é um jovem calado que conheceu sua futura esposa pois esta saía com um amigo seu. O temos como uma pessoa muito precoce: se casando cedo, trabalhando e logo querendo ter um filho. E, nesse meio tempo, se convidando para cantar numa banda que, a princípio, se chamava Warsaw, para depois se tornar o Joy Division.


Confesso que fiquei apaixonada por ele. E sei que esta era a intenção do diretor, que nos mostra muitos closes de Ian (especialmente nos seus momentos mais difíceis e íntimos), justo para nos identificarmos ou, pelo menos, entendermos sua angústia – já que conversar aparentemente não era seu forte, conforme os outros integrantes da banda falam após sua primeira crise de epilepsia.

Com as músicas, seguimos os “sentimentos” do protagonista, aonde ele expressa o que não diz nas situações em que vive. Vemos a passagem do tempo, mesmo sem esta ser grande – já que a banda durou aproximadamente três anos. Reconheci apenas uma delas (Love will tear us apart).


Acabei de ver o filme e corri para o Google, louca para saber mais sobre a banda e seu vocalista. Baixei a discografia do Joy Division e anotei trechos das músicas que tocam no filme para poder ouvi-las novamente, e com a voz do verdadeiro Ian. Gosto muito dessa sensação de conhecer uma banda que não conhecia e ter que concordar que, de fato, é uma banda muito boa.

A melhor música no filme, na minha opinião, é She’s lost control.

E vou colocar aqui a foto do Sam Riley e a do Ian Curtis verdadeiro. Eles nem são tão parecidos, mas a atuação do Sam é muito boa. Quando fui procurar vídeos da banda e vi a dancinha epilética do Ian, vi o quão igual estão os dois.



O Trailer é lindo, e tá aqui embaixo!


Um comentário:

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