24 de maio de 2010

ALICE NO PAÍS DAS MARAVILHAS, a.k.a. O filme que eu resolvi fazer depois do baile de LSD


Direção: Tim Burton
Ano: 2010

O Tim Burton's Alice in Wonderland sofreu um pequeno mal entendido, pobre coitado. Foi mais de um ano de expectativa, fotos dos personagens pipocando pela internet e, mesmo assim, as pessoas não tinham ideia de que o filme do consagrado diretor de Edward Mãos de Tesoura (isso só para citar um dos seus filmes conhecidíssimos) de fato não contaria a clássica história da Alice.

Pois é. Como eu demorei para ver o filme depois que este estreou, algumas pessoas já haviam me dito que a história era um pouco diferente, como se fosse uma continuação. Uma continuação que não era Alice no País do Espelho que, segundo o meu escasso conhecimento de Lewis Carroll, é a continuação oficial de Alice no País das Maravilhas.


Acho que o pecado do filme foi esse. Todo mundo sabe como é... aconteceu a mesma coisa (em uma diferente escala, é lógico) com o lançamento de A Vila, do M. Night Shyamalan. Eu me lembro que no final do trailer vinha aquela voz de sempre dos trailers e falava algo como: “Não conte a ninguém o final”. Aí, criou-se a curiosidade-mor em cima de uma publicidade que tentava (com efeito) chamar mais pagantes para os cinemas. E todo mundo foi esperando o monstro mais assustador do planeta, algo pra tirar seu sono pelos próximos dez anos. O pessoal foi assistindo o filme e se enfurecendo porque não recebeu o filme que esperava. Isso se chama expectativa em demasia. É ruim quando a gente sente isso por algum filme porque, sinceramente, eu não conheço ninguém que já não se frustrou com um filme muito esperado.


Como (assim como em A Vila) eu já sabia o que não estava agradando o pessoal, quando eu vi o filme isso não me incomodou. Mas uma coisa eu preciso afirmar aqui: para mim Alice no País das Maravilhas se tornou uma coisa – Tim Burton encontra As Crônicas de Nárnia. Uma Alice mais velha tem que ser convencida pelos amiguinhos que já salvara uma vez, mas que precisavam dela novamente, de que ela era A ALICE (por mais que ela não se lembrasse), e que somente ela poderia salvar definitivamente o Wonderland da Rainha de Copas. E tem espada, armadura, caminhos inóspitos, o trabalho em equipe, o sacrifício, enfim...


O Chapeleiro Maluco (Johnny Depp), me desculpem por isso, mas ele está a cara do Elijah Wood em Uma Vida Iluminada. Aqueles big olhos me incomodaram o filme inteiro e, eu admito, foi bom pelo lado que descaracterizou o Johnny Depp que sempre vemos um pouquinho, mas ficou um pouco psicótico né? (Se eu fosse criança teria pesadelos com certeza)

Mas chega de falar mal. A arte do filme é incrível. Acho que não só essa arte, mas a de filmes como A Fantástica Fábrica..., Sweeney Todd, Edward Mãos de Tesoura, Noiva Cadáver não cabem mais na classificação de incríveis, maravilhosas, estupendas! Só falando que a arte tá tão Tim Burton é que dá pra fazer jus às imagens lindas do filme. E como um bom livro infantil, tem que ter a sua moral inspiradora (que ao meu ver foi algo como): sempre acredite nos seus sonhos, pois eles podem estar de fato acontecendo. - meio pobre essa moral que eu criei mas...


O elenco não preciso nem comentar... tirando a Alice (Mia Wasikowska, a cara da Gwyneth Paltrow), os outros principais já são figurinhas bem conhecidas, incluindo até o cheirador de cabelos de As Panteras, lembram dele? E a Helena Bonham Carter que lindinha, super baixinha folgada, com seu cabeção e sua eterna dúvida: É melhor ser amada ou temida pelo seu povo? E não é que essa pergunta se aplica hoje em dia?

E aqui um vídeo muito bom com pedaços do filme e entrevistas com parte do elenco:

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