Há umas semanas foi lançada no Netflix (a.k.a.
melhor invenção da humanidade) a série de 8 episódios Stranger Things. Como eu
sou sempre a mais atrasada do planeta e nunca estou em dia com o que tá
bombando, vi vários memes cheios de piadas internas – e, obviamente, não
entendi nada. Pra quê eu to falando isso? Só pra deixar registrado que durante
um tempinho eu soube que a série existia, mas ela acabou se tornando mais uma
coisa na minha lista interminável do que assistir.
Aí
começaram a surgir as matérias falando que ST era a melhor série do ano, da
década, da vida; que a série tinha relançado a carreira da Winona Ryder – é, eu
sei quem é WR e lembro muito bem da história do roubo das roupas –; que as referências
a filmes dos anos 1980 eram excelentes… e por aí vai.
Lá fui eu
assistir à série, é claro. Fiz uma maratona razoavelmente tranquila (8
episódios são tranquilos, nénon?) e, no final do ultimo episódio, fiquei com
aquela sensação de ~ meu Deus, como eu vivi sem ter visto isso antes? ~ E, bem
quando eu estava no meu hype de sensações, me sentindo parte da boiada (ou
seja, finalmente eu entendia o porquê de tanto amor por uma série *desculpa,
Game of Thrones!*) um pessoal começou com a contrapartida, dizendo que a série
não era tão grandes coisas assim.
Me
explicarei agora: achei, sim, a série fantástica. Não é a melhor série da vida
porque, me desculpem (e como gosto é muito pessoal, falo mesmo), vai ser difícil
barrar A Sete Palmos, cujo ultimo episódio me faz chorar copiosamente TODA VEZ
QUE EU VEJO. Mas, pessoal, vamos parar de esperar sempre a melhor série do
mundo, deixa ela ser boa do seu jeitinho especial, como acabou sendo pra mim.
Eleven S2 |
Talvez
porque eu ame muito filmes da década de 1980 eu tenha gostado mais da
temporalidade da série do que outras pessoas. Talvez seja essa vibe Stand by
Me, com as crianças como personagens principais, ou o monstro com um quê de
Labirinto do Fauno, ou a própria Winona Ryder, que tava com a carreira
chafurdada há tempos e agora está chamando a atenção novamente. Talvez seja o
mistério que leva a outro mistério, que leva a outro mistério que tenha me
deixado tão ligada, sofrendo porque acabou muito rápido e não tem segunda
temporada (ainda, menos mal!) pra continuar assistindo.
Sinceramente,
eu entendo o frisson, sim. Sou parte dele. Não acho que é a melhor série do ano
– até porque, quem julga isso, afinal? – mas acho que ST inovou e cativou,
mostrando que cada vez mais as series de TV aberta acabam perdendo espaço pra
empresas que têm mais coragem de ousar na escolha do seu produto. Vide Sense8
né, meu povo?
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