10 de abril de 2011

TARDE DEMAIS PARA ESQUECER, a.k.a. Porque crianças devem fazer aula de canto!


Direção: Leo McCarey
Ano: 1957

Cary Grant, como sempre, está extremamente sedutor e estiloso, obedecendo à moda da época (com as calças acima da cintura). E os chapéus? Comédia! Eu não preciso nem saber a história do filme para me interessar, contando que ele apareça, nem que seja por 1 segundo! Já Deborah Kerr... acho que foi o primeiro filme que vi com ela. Mas a atriz não fica nem um pouco atrás nos quesitos classe e beleza!


A história do filme é essa: Nickie Ferrante (Grant) e Terry McKay (Kerr) se conhecem em um transatlântico e apaixonam-se perdidamente. Apesar de ambos estarem comprometidos com outra pessoa, eles concordam em encontrar-se seis meses depois no Empire State Building, caso continuem sentindo o mesmo um pelo outro. Mas um trágico acidente impede tal encontro e seu futuro toma um rumo emocionante e incerto.


E, sim, a sinopse de qualquer site que você procure já te conta o que vai acontecer depois da primeira metade do filme! Enfim... A verdade é que Nick Ferrante, como muitos personagens feitos por Cary Grant, é um boa-vida que tem todas as mulheres aos seus pés. Aqui, ele irá se casar com uma herdeira linda e figurinha certa nas revistas de fofoca – o que o torna um alvo destas revistas também.

Ao longo da viagem de navio, Nick e Terry se conhecem melhor... e se apaixonam. Mas precisam (ou melhor, tentam) disfarçar, para que ninguém mais saiba. Ela é extremamente ética, e morre de medo que as pessoas à sua volta saibam o que está acontecendo – e a emenda fica pior que o soneto, nos presenteando com cenas muito boas e engraçadas.


Depois de um determinado momento, o filme vai assumindo um estilo mais sério, e não só por causa do acidente. Como diz na sinopse, eles decidem que, depois de 06 meses da viagem (caso os dois ainda queiram ficar juntos), se encontrarão no topo do Empire State Building. Mas, não somente graças à sinopse estraga-surpresas, a gente sabe que alguma coisa vai dar errado.

A química entre os dois atores é perfeita. Não consigo imaginar outras pessoas no lugar deles. Eles conseguem emocionar/fazer rir na hora certa. E, apesar dos personagens estarem fazendo uma coisa “errada”, o que vemos na tela é muito inocente – e até a cena do primeiro beijo dos dois não é discretíssima.


O que temos aqui é Cinema Clássico na sua melhor forma. Com direito, inclusive, a personagens cantando!! Mas, preciso dizer, o coro das crianças é horrível! E o desenvolvimento da história é super característico do estilo – desenrolar longo e conclusão em menos de 5 minutos. Muito diferente de hoje em dia! 

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