Direção: Giuseppe Tornatore
Ano: 1989
Muitas pessoas me recomendaram esse filme – e sim, era unânime! TODO MUNDO que havia visto o filme comentava sobre o quão maravilhoso ele é, e como uma (ex) estudante de Cinema não poderia deixar de assisti-lo. E justo por causa disso, eu deixei. E hoje, sete anos após meu “ingresso” na faculdade de Cinema eu finalmente assisti a Cinema Paradiso.
Ano: 1989
Muitas pessoas me recomendaram esse filme – e sim, era unânime! TODO MUNDO que havia visto o filme comentava sobre o quão maravilhoso ele é, e como uma (ex) estudante de Cinema não poderia deixar de assisti-lo. E justo por causa disso, eu deixei. E hoje, sete anos após meu “ingresso” na faculdade de Cinema eu finalmente assisti a Cinema Paradiso.
Será que dá pra fazer um resenha sobre um filme desses? É difícil... só consigo pensar em adjetivos soltos – como maravilhoso, estupendo, perfeito – mas não dá pra encher um texto só com isso né?
De verdade, a resenha não faz nenhum jus à beleza do filme (fora que, eu posso estar enganada, mas notei um erros gramaticais aí)... mas, continuando.
Nos anos que antecederam a chegada da televisão (logo depois do final da Segunda Guerra Mundial), em uma pequena cidade da Sicília o garoto Totó (Salvatore Cascio) ficou hipnotizado pelo cinema local e procurou travar amizade com Alfredo (Philippe Noiret), o projecionista que se irritava com certa facilidade, mas parelamente tinha um enorme coração. Todos estes acontecimentos chegam em forma de lembrança, quando agora Toto (Jacques Perrin) cresceu e se tornou um cineasta de sucesso, que recorda-se da sua infância quando recebe a notícia de que Alfredo tinha falecido.
O impressionante deste filme é que, como muitos filmes italianos de até pouco tempo atrás, o som consegue ser pior do que o som do nosso cinema e, no início do filme – já que não estamos “enfeitiçados” ainda com sua história, é um fator que sim, incomoda um pouco. Tanto que, da primeira vez que tentei ver o filme, dormi logo na primeira cena, em que a mãe de Salvatori o avisa da morte de Alfredo (to me preparando pra ser linchada agora pelos enlouquecidos por Cinema Paradiso).
Totó é a criança mais fofa e endiabrada! E até eu estava ficando um pouco irritada com ele. É muito bom ver filmes fora do padrão hollywoodiano, e depois de um tempão só vendo filme enlatado percebe-se muito a diferença: não se parte do princípio de que o telespectador é um idiota que não sabe entender as coisas quando elas são sugeridas, ou até mesmo escancaradas – é preciso dizê-las! Ah, mas como isso me irrita. E em Cinema Paradiso nada é explicado – é só prestar atenção para se entender porque as pessoas agem como agem, que a história se passa numa cidadezinha pobre de uma Sicília ferida após a Segunda Guerra Mundial.
A maturidade que o filme adquire é linda também: durante a infância, Totó descobre o cinema, fica amigo de Alfredo, dorme durante a missa e estuda em uma escola tirânica. Mas, mesmo chegando à conclusão de que seu pai morrera na guerra, sua vida é repleta de alegrias e diversão. Já o Totó adolescente precisa lidar com o amor, com a responsabilidade de um emprego cada dia mais determinador do seu futuro, e da possibilidade de fugir deste futuro.
É bonito ver um filme desses que acaba nos tocando porque nos lembram de nós mesmos. Quantas pessoas não tocaram a nossa vida sem terem ideia de o terem feito, e quantas vidas tocaremos sem que o saibamos? Às vezes as coisas há muito esquecidas voltam como se tivessem acontecido conosco ontem.
tô atrasada 19 anos pra assistir este filme...
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