19 de janeiro de 2011

A OUTRA, a.k.a. A rainha que furou o olho da irmãzinha!



Direção: Justin Chadwick
Ano: 2008

Já vi filmes e séries falando, com muitos detalhes diferentes, sobre a famosa história de Henrique VIII, Ana Bolena e a criação do Anglicanismo. A Outra, baseado no romance de Philippa Gregory (chamado A Irmã de Ana Bolena), foca a suposta rixa que teria surgido entre Mary (Scarlett Johansson) e Ana (Natalie Portman) - quando o pai e o tio destas surgem com a idéia de que uma delas deveria se tornar amante do rei, garantindo-lhes, assim, grande fartura.

A maior semelhança entre todas as histórias sobre essa parte da vida pessoal de Henrique VIII é a de que ele era extremamente mulherengo e mimado, tendo como sua maior tristeza e preocupação o fato de não ter um filho homem para herdar o trono. Sua mulher, Catarina, havia lhe dado uma filha, mas todos os filhos a quem deu à luz nasceram mortos ou morreram em menos de um ano.


As diferentes personalidades das irmãs ficam bem marcadas pelas atuações de Natalie e Scarlett. O que vemos é uma Mary calma e boazinha, que se casou com um provinciano insosso, e que não queria ir para a corte para servir de companhia ao rei. Mas ela fora sua escolhida, pois Ana acaba o assustando com suas idéias feministas e seu espírito forte e desafiador.

Toda a politicagem velada, inclusive camuflada pela religião, está presente no filme mas, no final das contas, tudo se resume ao fato de que o rei queria um filho - desejo que ele só conseguiu realizar com sua sexta e última esposa (e que morreu aos 16 anos).

O Eric Bana, coitado, não chega a ser um mau ator, mas acho que Hollywood o tem em uma conta muito alta. Apesar de, neste filme, o papel do monarca ser mais secundário (já que o foco está nas irmãs Bolena), eu não acho que a escolha do ator tenha sido a melhor. Afinal, estamos falando do rei mais famoso da Inglaterra.

O filme é muito longo e vale a pena lembrar mais uma vez que é baseado em um ROMANCE; ou seja, muito do que vemos nele foi inventado, ou melhor, alterado para uma melhor desenvoltura da história.


Temos uma Mary sempre preocupada com sua família e com o que é certo, e uma Ana extremamente ambiciosa, disposta a tudo para conseguir o que quer - inclusive dormir com o próprio irmão (para que o rei não soubesse que ela perdeu o filho que estava esperando). Mas, como todos nós conhecemos a história, no final o feitiço virou contra o feiticeiro.

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