Direção: Terence Fisher
Ano: 1959
O filme feito na época do Cinema Clássico não foge à regra nos seus efeitos e na sua narrativa. Ele possui uma fotografia sombria, mas também é repleto de cor em sua arte - lembrando, inclusive os melodramas da época. Baseado no livro homônimo, escrito por Sir Arthur Conan Doyle, a história é considerada por muitos com uma das melhores vividas pelo inteligentíssimo detetive Sherlock Holmes e seu braço direito Doutor Watson.
Começamos com o que seria uma "introdução", contando ao espectador como surgiu a maldição dos Baskervilles: Hugo Baskerville, aparentemente um libertino do século XVIII, está reunido com amigos em sua casa. Ele maltrata um homem que foi reclamar a honra de sua filha, que havia sido comprometida por Hugo. Após matar o homem (de medo, inclusive), ele procura pela garota no castelo e, ao perceber que ela havia fugido, solta os cães atrás dela e monta em seu cavalo, indo em direção ao pântano. A jovem perseguida está escondida lá e, ao encontrá-la, Hugo a mata - para logo em seguida ser atacado por algo que nós não vemos, mas supomos ser o Cão do título do filme, e imaginamos (com uma boa ajuda da música) que este é bem assustador.
Voltando aos dias de Sherlock, quem conta a história é o Dr. Mortimer. Este liga a maldição ao fato do atual morador do castelo ter morrido de susto (segundo o dr., ele tinha problemas de coração e quando descobriram o corpo a expressão em seu rosto era de puro pavor), e pede para Sherlock investigar, já que teme pela vida do último herdeiro dos Baskervilles: Henry.
O detetive acha a história sem graça mas aceita o caso mesmo assim. Eles visitam Henry em Londres e presenciam o primeiro atentado contra a vida deste: uma tarântula em sua bota, a qual Sherlock consegue (de forma aparentemente triunfal para a época) matar - na verdade, ele dá um peteleco nela com um objeto do hotel e pronto, ela morreu. Depois de um montão de perguntas, o detetive fala para Watson acompanhar o herdeiro ao castelo, pois ele os encontraria alguns dias depois.
Já no castelo, os personagens descobrem que um perigoso prisioneiro fugiu da cadeia na véspera - é claro, há de se ter o elemento óbvio, aquele que todo mundo sabe que não pode ser porque tá na cara. Mas, resumindo os elementos apresentados depois disso:
- uma das pinturas do castelo desaparece
- o bispo visita e pede doação de roupas
- Watson conhece Stapleton, o vizinho; enquanto Henry conhece/se engraça com a filha deste
- descobre-se que Henry possui a mesma doença cardíaca do tio
E... finalmente depois de mais da metade do filme, Sherlock Holmes reaparece. Na verdade, ele já estava por lá há vários dias, mas ninguém podia saber. Nessa mesma noite, Holmes e Watson ouvem gritos vindos do pântano. Encontram Henry morto. Voltam para o castelo e acabam descobrindo que Henry está lá, vivo. Mas, de quem é o corpo? Sim, do presidiário fujão, que vestia as roupas de Henry porque era irmão da governanta do castelo.
O romance entre Cecile Stapleton e Henry está ficando mais sério. Eles combinam um passeio no pântano (suspeito não?) e, enquanto isso, Holmes resolve se enfiar em um túnel e acaba ficando soterrado lá. Mas, esperem, enquanto Watson e outros procuram por ele, o danadinho está esperando na carroça! Mas, quando volta para seu quarto, percebe que a adaga que pertencia a Hugo Baskerville sumiu.
Quando Henry chama a dupla para jantar na casa dos Stapleton, Sherlock cria uma situação para que ele vá sozinho. Depois, ele conta para Watson que sabe o porque do sumiço do quadro: este provava, pelo desenho das mãos de Hugo, que Stapleton era parente ilegítimo dos Baskervilles, pois ambos possuíam o mesmo defeito nas mãos. E, enquanto isso, no pântano...
Cecile e Henry caminham felizes e pimpões - até que a garota começa a fazem o discurso do vilão!
O que acontece é:
- Stapleton aparece
- Um cão gigante com uma máscara enfeiadora ataca Henry
- Stapleton ataca Watson
- Sherlock atira em Stapleton
- Stapleton morre e Cecile foge
- Ela cai no lodo e morre
e FIM!!!! Como todo cinema clássico, com direitos aos letreiros bregas e música alta e impactante! Muito bom!
Observações:
1 - O ator que interpreta Sherlock Holmes, Peter Cushing, atuou em mais de 10 histórias do detetive - este filme foi o primeiro Sherlock de sua carreira; fora outros papéis marcantes como Dr. Frankestein, Van Helsing e Mr. Darcy (Orgulho e Preconceito).
2 - O ator que interpreta o herdeiro Henry Baskerville é ninguém mais, ninguém menos do que Christopher Lee - praticamente nas fraldas, por sinal!
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